Procurar e comprar casa pode ser um processo moroso. Ainda assim, os portugueses que compram casa têm-no feito mais frequentemente nos últimos tempos. Se nos fixarmos nos dados do Banco de Portugal referentes às “Novas Operações – Empréstimos Particulares Habitação”, entre janeiro e maio deste ano, as operações atingiram os 2.112 mil milhões de euros, o que representa um aumento considerável de 63,9% face ao ano anterior.
Então, surge a pergunta: quem são os portugueses que estão a comprar casa? Segundo um estudo realizado pela imobiliária Century 21, citado pelo i, a resposta a essa questão é que existem essencialmente dois perfis de compradores: os que escolhem o centro e os que optam pela periferia das cidades. Conheçamo-los.
Portugueses que compram casa: classes média e alta são principais compradores
Como se depreende no estudo – que teve em conta o setor imobiliário no primeiro semestre deste ano – existem dois tipos de perfis de quem compra casa em Portugal: os cosmopolitas, que se caracterizam pela compra de imóveis no centro da cidade, e os periféricos que, tal como o nome indica, adquirem imóveis na periferia.
Um facto curioso: o perfil cosmopolita abrange tanto cidadãos nacionais, como estrangeiros. Com um elevado poder de compra, dão primazia a certos critérios de escolha como o tipo de bairro, contexto social e urbano da zona, preferindo condomínios com piscina (saiba aqui como financiar) e também o fácil acesso a outras infraestruturas de desporto e lazer.
Por outro lado, quem opta pelas zonas periféricas são, na maioria, famílias de classe média e média-baixa que precisam de recorrer ao crédito à habitação para concluir a transação do imóvel.
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Já os pequenos investidores que procuram alternativas ao sistema financeiro veem neste modelo uma alternativa para aplicar poupanças. Para estes, os requisitos são diferentes. “A qualidade das casas e a proximidade de zonas de comércio e serviços são requisitos preferenciais”, lê-se no jornal diário. Basicamente, o que procuram são casas próximas de escolas, transportes públicos, supermercados, zonas desportivas e com facilidade de acesso a outro tipo de zonas.
Uma das conclusões mais efetivas do estudo é que o poder de compra da maioria dos portugueses que compram casa não suporta os preços das zonas centrais da cidade, pelo que a periferia acaba por ser o alvo de grande parte das famílias.
Qual o preço médio das casas compradas em Portugal?
Para além do perfil dos portugueses que compram casa, o estudo foca também alguma atenção sobre o preço médio dos imóveis nas zonas abrangidas pelos dois perfis descritos. Em Lisboa, o valor médio das casas está situado nos 188 mil euros, valor que representa um aumento de 11% face ao período homólogo do ano passado.
Por seu turno, nas linhas de Sintra e Cascais, os preços médios das casas são um pouco mais baixos, situando-se nos acima dos 159 mil euros, sendo que para estas zonas o aumento em comparação com o mesmo período de 2015 foi maior: 13%.
Mercado de crédito à habitação em constante evolução
Por fim, outro fator enunciado pela Century 21 são aos indicadores demonstrativos do estado atual do setor imobiliário, materializados na evolução do crédito à habitação. Nos primeiros seis meses do ano, os bancos reforçaram a oferta de crédito à habitação, fator que, segundo a imobiliária, origina efeitos positivos na dinamização do setor, até porque permite que as famílias tenham maior facilidade de acesso à compra de imóveis.
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