Seguros para motos: 5 dicas para escolher

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Andar de moto pode ser muito mais eficiente nos dias de trânsito nas grandes cidades: não perde tempo em engarrafamentos, poupa combustível e é mais fácil estacionar. É prático e rápido, mas pode também acarretar alguns riscos para o condutor e para terceiros. Para estar protegido em caso de acidente, os seguros para motos são uma ferramenta fundamental.

Descubra o que são e como escolher o mais adequado ao seu perfil.

Seguros para motos: o que são?

Os seguros para motos funcionam de forma semelhante aos seguros para carros, e têm a função de compensar financeiramente os prejuízos que possam ser causados pelo condutor do veículo. O Seguro de Responsabilidade Civil é obrigatório por Lei, sob pena de o condutor incorrer em coima e de ver o seu veículo apreendido.

Este seguro cobre danos materiais e corporais provocados a terceiros, transportados ou não no veículo em consequência de acidente de viação mas não os danos sofridos pelo condutor do veículo.

O condutor poderá ainda subscrever um Seguro de Danos Próprios, não obrigatório, que garante o pagamento de danos materiais sofridos pelo veículo seguro, quer em situação de acidente quer por consequência de furto ou condições meteorológicas adversas.

Até aqui, é tudo relativamente simples. No entanto, a escolha de cada seguro depende do caso individual da pessoa, do veículo, da cobertura escolhida, da seguradora e até da sua morada. Descubra o que ter em conta para subscrever o seguro moto mais indicado para o seu caso.

5 dicas para escolher o melhor seguro para motos

Conheça alguns fatores que influenciam o valor seguro, e saiba como fazer a escolha mais adequada para si.

1. Verifique a cobertura do seguro

A cobertura é um dos principais fatores que irá determinar o valor e utilidade do seguro para motos, sendo que algumas das proteções estão incluídas de base e outras têm de ser acrescentadas pelo subscritor.

De uma forma generalizada, os seguros para motos englobam a responsabilidade civil, ou seja, cobrem danos materiais e/ou corporais involuntariamente causados a terceiros.

Podem ainda contemplar a defesa e proteção jurídica em caso de acidente de viação, contraordenações e/ou reclamações e assistência em viagem, nomeadamente em mudanças e rebentamento de pneus, ausência de combustível, veículo de substituição e reclamação jurídica no estrangeiro.

Na ocorrência de sinistro, os ocupantes (incluindo o condutor) ficam protegidos em caso de morte e/ou invalidez permanente, assegurando-se ainda o pagamento de eventuais despesas de tratamento.

Pode ainda optar pela cobertura de ocupante o que, na ocorrência de sinistro, garante que os ocupantes (incluindo o condutor) ficam protegidos em caso de morte e/ou invalidez permanente, assegurando-se ainda o pagamento de eventuais despesas de tratamento.

Por fim, deve considerar a inclusão da cobertura contra choque, colisão e capotamento. Esta proteção assegura o ressarcimento de danos causados ao veículo em caso de embate contra qualquer corpo fixo, acidente por embate contra outro veículo em movimento e perda da posição normal do veículo em andamento.

Que outras coberturas deve acrescentar?

Enquanto que a responsabilidade civil, a proteção jurídica e a assistência em viagem costumam fazer parte da cobertura base dos seguros para motos, já a proteção de ocupantes, a quebra de vidros e a garantia contra choque, colisão ou capotamento e contra catástrofes naturais e roubo são normalmente complementares. Quantos mais destes elementos se incluir, mais completo será o pacote.

Se utilizar diariamente a sua mota, a probabilidade de ocorrer um acidente é maior, logo, poderá ser benéfico contar com um nível de proteção mais alargado. Por outro lado, se a utilizar apenas para pequenos passeios, talvez não precise de uma cobertura tão ampla.

2. Tenha em conta a franquia do seguro

A franquia é o valor que, em caso de sinistro, fica a cargo do tomador do seguro. Ou seja, é um valor que terá de pagar sempre que ativar o seguro, independentemente da cobertura e do tipo de acidente. Quando os danos não chegam ao montante da franquia, o seguro nem chega a ser ativado.

A existência de franquias nas coberturas dos seguros pode ter vantagens para os segurados uma vez que, regra geral, quanto maior a franquia menor será o prémio do seguro, a mensalidade ou anualidade a pagar, mas acarreta também alguns riscos.

Ao haver uma franquia significa que, em caso de sinistro, poderá ter de pagar uma parte maior dos prejuízos. Para complicar um pouco mais a questão, as franquias podem ser cobradas em várias modalidades: podem ser obrigatórias ou facultativas, ou seja, podem negociadas entre o tomador e a companhia de seguros.

Além disso, existem franquias de valor fixo ou em percentagem do valor de capital seguro ou do dano. Por isso, verifique se vale a pena pagar um prémio mais baixo se as franquias associadas forem demasiado elevadas (ou complicadas).

3. Avalie a potência que necessita

A potência de uma mota é, muitas vezes, penalizada por algumas seguradoras. Quanto maior a cilindrada, maior o valor a pagar. Assim, evitar comprar uma mota com potência superior àquela que realmente necessita pode ser uma boa estratégia para não pagar um prémio muito alto.

O mesmo se passa com a morada. As seguradoras consideram algumas zonas geográficas de risco elevado a partir das estatísticas de sinistralidade e, apesar de existir alguma variação entre as companhias, Lisboa e Porto, em regra, tornam o prémio mais caro.

4. Subscreva vários seguros na mesma companhia – e de preferência online e com pagamento anual

Algumas seguradoras oferecem condições especiais para clientes que concentram vários seguros em simultâneo. Assim, pesquise em primeiro lugar a oferta da seguradora onde já tem outros produtos subscritos, como seguro de habitação, de automóvel, de saúde, entre outros.

Depois de escolher a seguradora, verifique os preços online e compare com o preço de fazer a subscrição ao balcão com a ajuda de um mediador.

Por fim, os clientes que optam pelo pagamento anual do prémio pagam, habitualmente, um valor inferior ao que pagariam caso o fizessem de forma semestral, trimestral ou mensal. Assim, se possível, prefira pagar logo o ano inteiro para usufruir de um preço mais económico.

5. Dê atenção a todos os detalhes

No momento da subscrição da apólice, tome algum tempo para fazer uma verificação total a todos os detalhes, como:

  • Confirme se todas as coberturas que selecionou estão contempladas;
  • Esclareça todas as dúvidas sobre as situações cobertas e o que não está incluído;
  • Verifique todas as restrições;
  • Clarifique os casos e situações em que o seguro não poderá ser acionado;
  • Confirme se os benefícios oferecidos estão devidamente descritos;

Resumindo, na altura de escolher a solução mais adaptada ao seu caso específico, deve perceber se vale a pena escolher um pacote básico, que é certo que será mais acessível para a carteira, mas que provavelmente não o protegerá em caso de acidente grave, ou uma opção com um prémio mais caro, mas que o salvaguarda a si e ao seu motociclo.

Por fim, deve tomar a sua decisão final, tendo em conta o prémio do seguro, as franquias e as coberturas que escolheu ou que quer integrar.

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Sobre Rafael Outeiro

Licenciado em Relações Públicas e Comunicação Empresarial pela Escola Superior de Comunicação Social, é responsável pela redação de artigos financeiros para o ComparaJá.pt. Através da sua experiência na escrita de conteúdos em projetos como o TEDxULisboa, quer transformar o mundo das finanças pessoais num espaço para a partilha de ideias.

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