Steve Jobs, que teria neste momento 61 anos, é considerado uma das pessoas mais influentes da nossa geração. Muito para além dos gadgets inovadores que apresentou ao mundo, deixou também a sua marca nas finanças pessoais.
Não acredita? Então vamos conhecer o caso Ana.
Maravilhosos eram os tempos em que o salário desta Diretora de Marketing de uma cadeia de hotéis chegava para comprar tudo aquilo com que sempre sonhou: uma grande casa com um bom carro à porta, completados pela família feliz com dois filhotes e um cão.
A Ana podia ir de férias para Veneza ou fazer aquela formação em Web Marketing reputadíssima… até ao dia em que a crise apareceu e as reservas nos hotéis caíram a pique, assim como o seu ordenado.
De repente, estava sobreendividada: crédito à habitação, crédito automóvel… Mas ela admirava Steve Jobs! E ele lá estava para a ajudar com os seus ensinamentos:
1. Manter o foco é o mais importante
Para poupar dinheiro, planear é crucial. A primeira coisa que a Ana fez foi recorrer ao seu fundo de emergência, proveniente das suas poupanças regulares a cada mês, traçando um plano em que dividia o seu salário por todas as dívidas e via quanto restava, calculando uma taxa de esforço.
2. Perder dinheiro pode ser uma experiência de aprendizagem
Porque a Ana não se adaptou logo à queda das vendas e não desenvolveu pacotes mais atrativos para os clientes – tais como escapadinhas de fim-de-semana ou descontos para famílias em quarto duplo – perdeu muito dinheiro.
O prémio de produtividade (que permitia suportar a sua paixão por viajar) desapareceu. Perdeu dinheiro, mas rapidamente traçou um plano e retirou lições disso.
3. Persistência acima de tudo, por Steve Jobs
Nunca desistiu. A Ana estabeleceu um objetivo financeiro e fez tudo o que podia para o atingir – cortou todas as despesas supérfluas: deixou de jantar fora todos os fins-de-semana e passou a ir ao centro de estética menos vezes.
4. Recurso mais valioso que temos: tempo
O dinheiro é um meio para atingir um fim: não vale nada se não nos permitir “comprar tempo” para gozar a vida e desfrutar dos pequenos prazeres. A Ana, que se havia “esquecido” do quanto gostava de fazer caminhadas na praia e de jogar Monopólio com toda a família, compreendeu que os grandes prazeres não eram sequer dispendiosos.
Os sacrifícios foram grandes e levou tempo, mas conseguiu. E sabem qual foi o ensinamento mais importante que a Ana retirou de Steve Jobs? «Temos de viver cada dia como se fosse o último». Soa a cliché, sim, mas no final parece fazer todo o sentido.
À imagem de Jobs, quando a vida (não só ao nível das finanças pessoais) coloca a nossa resiliência à prova, é fundamental não perdermos a fé. Depois é só aplicar um pouco das suas aprendizagens e desafiarmo-nos a adotar o famoso “Think different”.