Quer saber como fazer dinheiro? Esqueça estes 6 mitos financeiros

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como fazer dinheiro

Sejamos realistas: todos, ou praticamente todos, queremos saber como fazer dinheiro e existem certos mitos que muitos entendem como verdades universais que, na realidade, não devem ser seguidos assim tão à letra.

Nesta que foi a Semana Europeia do Dinheiro, conheça os quatro mal-entendidos mais comuns sobre dinheiro.

1) “Um curso superior garante riqueza”. De certeza?

Um diploma pode ajudar a determinar um salário numa dada altura, mas não pode ser encarado como uma garantia de como fazer dinheiro. Existem algumas pessoas cuja riqueza não advém do salário ou, em alguns casos, nem estão empregadas, mas sabem como fazer dinheiro. Por exemplo, quem:

  • É ativo no mercado de ações, obrigações ou commodities;
  • Tem vários fundos fiduciários;
  • Vive de poupanças de investimentos para ser voluntário a tempo inteiro;
  • Ganha o salário mínimo, mas recebe boas comissões por venda.

É verdade que quem tem um curso superior, em média, ganha mais do que alguém que não tem. Porém, o facto de não ter um curso superior não ditará necessariamente o seu sucesso financeiro. Portanto, não fique desanimado caso não possua um diploma de licenciatura. Existem muitas outras maneiras de ganhar independência financeira.

2) “Poupar e não investir garante estabilidade financeira”. É possível?

Este é o pior pensamento que pode ter. Claro que é importante poupar. Porém, o uso de contas-poupança e de depósitos constantes no banco é incomparável com o custo de vida em Portugal.

Além de poupar, investir é uma atividade que deve tentar, mesmo que comece o seu investimento com pouco dinheiro. Trata-se de algo que nem mesmo um licenciado em Finanças pode saber gerir e aprender da melhor maneira na Universidade.

Tudo depende da estratégia individual de cada um. Conselheiros financeiros ou gestores de riqueza são boas ajudas no que toca a aconselhamento de investimento.

3) “Comprar um imóvel é uma excelente opção de investimento”

Este é um mito muito comum. De facto, possuir um imóvel pode ser rentável, mas o investimento irá ser muito exigente e, até chegar o momento de obter dele real lucro, terá de terminar de pagar o seu crédito à habitação. Até lá, conte com seguros, impostos, comissões do banco e algumas dores de cabeça.

Por isso, convém pesar se este é realmente o passo certo a dar. Talvez faça mais sentido abdicar desses encargos e fazer outro tipo de investimento, nem que seja colocando o dinheiro a render numa conta-poupança ou depósito a prazo.

4) “Evitar cartões de crédito afasta dívidas”. Será?

Se pagar os cartões de crédito a tempo e horas, não precisa de ter receio dos juros, uma vez que estes advêm apenas dos pagamentos atrasados.

Normalmente, as taxas de juro anuais em Portugal rondam os 12% a 19%. Por outras palavras, se está a pagar todas as dívidas pontualmente, 0 euros x 19% será sempre 0 euros. Muitos utilizadores de cartões de crédito nunca tiveram problemas com pagamentos de juros do cartão na vida.

Quem utiliza o cartão de forma sábia terá melhores habilidades financeiras do que quem simplesmente paga em dinheiro, pois pode usufruir de descontos exclusivos, cashback e outros privilégios que, no fundo, acabam por ensinar como fazer dinheiro.

Por exemplo, o João pagou umas colunas bluetooth que custam 100 euros em numerário e a Marta fez a mesma compra, mas com cartão de crédito. O João irá gastar 100 euros, enquanto a Marta pode ganhar 3% de cashback. De uma forma simples, a Marta ganha 3 euros, pois paga, na realidade, 97 euros na transação. Para além disso, pode amealhar pontos no cartão para usar noutros serviços ou produtos, poupando dinheiro.

Pagar dívidas dos cartões a tempo assegura ainda um bom histórico de crédito. Pedir um empréstimo (por exemplo, crédito pessoal ou à habitação) será muito mais simples para alguém com credibilidade elevada.

Em síntese, se alguém gasta com pés e cabeça, “débito” será uma palavra que nunca terá em mente. Evitar o uso de cartão de crédito é apenas paliativo.

5) “Hobbies podem ser rentáveis” – Como fazer dinheiro com eles?

Ter um hobby deve ser valorizado e é claro que, muitas vezes, pode ser uma boa fonte de rendimento. Mas quanto dinheiro podem os hobbies verdadeiramente trazer-nos? Sejamos francos: nem todos são lucrativos.

Se é apaixonado por desenvolver aplicações para smartphones, até pode ter sorte, uma vez que esta indústria é dominante neste momento. Pelo contrário, se produz artesanato para comércio, reflita se a receita (caso exista) compensa o esforço.

Cabe inteiramente a si decidir onde investe o seu dinheiro e, no início de um novo projeto, há que fazer sempre um investimento mais exigente. O importante é ser-se capaz de reconhecer se compensará ou não.

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6) “Só é possível poupar quando se ganha mais”

Não são só os que ganham mais que podem poupar. Aliás, os que ganham menos são os que provavelmente encontrarão maior utilidade na poupança, que provém do devido planeamento e orçamentação.

Certifique-se que coloca de lado uma pequena parte do seu rendimento mensal de acordo com as suas possibilidades.

Se possível, torne esta transação automática no seu banco, da sua conta à ordem para a sua conta-poupança. A consistência garantirá o sucesso das suas finanças. Assim, poderá “esquecer-se” de que ela existe e, quando se der conta, terá já acumulado bastante: se colocar 15 euros de parte por mês, ao fim de dois anos terá já 360 euros.

Catarina Maia

Sobre Catarina Maia

Formada em Comunicação Social e Cultural com especialização em Jornalismo, a Catarina continuou os estudos na área da Comunicação Organizacional e Liderança, iniciando depois o seu percurso profissional em marketing digital. Quer fazer a diferença ao contribuir para um maior entendimento das finanças pessoais. Hoje, os portugueses; amanhã, o mundo.