Gás natural mais caro? É oficial: voltou a subir na UE

Com o fim de apoios fiscais, os preços do gás natural sobem na UE. Em Portugal, o peso no orçamento é dos mais elevados do Continente — somos o segundo país com o gás mais caro.

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O fantasma da crise energética voltou a dar sinais de vida. Segundo os dados mais recentes do Eurostat, os preços do gás natural na União Europeia voltaram a subir na segunda metade de 2024, quebrando a tendência de descida que vinha desde 2022.

Subida após pausa: o que está a inflacionar as faturas?

O preço médio do gás atingiu os 12,33 euros por cada 100 kWh, uma subida significativa face aos 11,04 euros registados no primeiro semestre de 2024. E, desta vez, o motivo não é (tanto) geopolítico.

O Eurostat aponta o dedo às políticas fiscais: o aumento deve-se, sobretudo, ao regresso dos impostos em vários países, após o fim ou redução das medidas de apoio criadas durante a crise energética.

Portugal entre os países com gás mais caro

Más notícias para os consumidores portugueses: Portugal ocupa o segundo lugar entre os países com gás mais caro na Europa, só atrás da Macedónia do Norte. No top 10 dos países com as faturas de gás mais pesadas estão também Itália, Suécia, Países Baixos, França, Grécia e outros.

Mesmo que a Suécia e os Países Baixos tenham os preços mais altos em termos absolutos, Portugal e Itália são os países onde o custo pesa mais no bolso das famílias, depois de ajustado ao poder de compra.

Preços baixos? Só em alguns cantos da Europa

Enquanto uns pagam muito, outros quase que respiram aliviados. Na Geórgia (€1,73), Turquia (€2,13) ou Hungria (€3,15), o gás continua muito mais barato. A maioria destes países mantém relações comerciais com a Rússia no setor energético — o que, segundo o Eurostat, ajuda a explicar os preços reduzidos.

Croácia e Roménia são os exemplos de sucesso fora desta lógica, mantendo preços baixos graças a estratégias energéticas ambiciosas e independência crescente.

O que estão a fazer de diferente?

A Croácia investiu num terminal de GNL na ilha de Krk, cortando a dependência externa. Já a Roménia prepara-se para duplicar a produção nacional com o projeto Neptune Deep, no Mar Negro — e quer atingir a independência total em gás até 2027.

Como o ComparaJá pode ajudar?

Como abordado anteriormente, os consumidores em Portugal continuam a enfrentar uma das faturas energéticas mais pesadas da Europa — pressionados por impostos mais altos e um custo de vida exigente.

Neste contexto de faturas cada vez mais pesadas, comparar opções e mudar para fornecedores mais competitivos pode fazer toda a diferença no orçamento familiar. No ComparaJá, ajudamos-te a encontrar as melhores ofertas de gás e eletricidade, de forma simples, transparente e gratuita — não te preocupes com nada!


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Madalena Pacheco
Content Specialist