O valor do subsídio de refeição isento de IRS vai aumentar em 2026, depois de uma proposta do Governo apresentada aos sindicatos da Função Pública. O limite máximo de isenção, quando o benefício é pago por cartão-refeição, poderá subir dos atuais 10,20 para cerca de 10,46 euros por dia, e o valor base do subsídio na Função Pública passará de 6 para 6,15 euros por dia, segundo sindicatos. Esta atualização traz impacto direto no rendimento líquido e na gestão de custos por parte de empregadores e trabalhadores.
O que muda no bolso dos trabalhadores?
O subsídio de refeição — aquele valor extra que muitos trabalhadores recebem por dia de trabalho para pagar a comida — vai aumentar em 2026 e representar um limite maior de isenção de IRS. A notícia foi confirmada após reuniões entre o Governo e sindicatos da Função Pública.
Atualmente, o subsídio de refeição no setor público está fixado em 6 euros por dia. A proposta agora em discussão prevê que, a partir de 1 de janeiro de 2026, este valor passe para 6,15 euros por dia para os funcionários públicos — um aumento de 15 cêntimos.
Esse ajuste tem impacto directo na isenção de IRS quando o subsídio é pago por cartão-refeição ou vale: o limite de isenção sobe dos 10,20 para cerca de 10,46 euros por dia em 2026.
Isto significa mais dinheiro no bolso e menos imposto
O valor isento de IRS é importante porque mostra até que montante o subsídio de refeição não é tributado nem contabiliza para contribuições sociais. Antes, se recebes um cartão-refeição com 10,20 euros, não pagavas IRS sobre esse valor. Com o aumento, passarás a ficar com até 10,46 euros por dia isentos de imposto, se o subsídio for pago por cartão ou vale.
No caso de receberes o subsídio diretamente em dinheiro (por transferência bancária), o limite de isenção segue o valor legal do subsídio base — que sobe de 6 para 6,15 euros em 2026.
Qual o impacto no mês de trabalho?
Se trabalhas 22 dias num mês, o novo valor isento por cartão-refeição será até cerca de 230 euros sem IRS (10,46 × 22). Sem o aumento proposto, o limite era cerca de 224 euros (10,20 × 22).
No setor privado, as empresas não são obrigadas por lei a pagar subsídio de refeição, mas quando o fazem, este novo limite de isenção pode beneficiar tanto trabalhadores como empregadores, reduzindo o imposto retido e a TSU paga pela empresa.
E depois de 2026? O que se espera nos próximos anos
Segundo as estimativas compartilhadas por fontes de negociação, além de 2026, o Governo e os sindicatos têm discutido uma trajetória de aumento continuado para os próximos anos:
2027 — 6,30 euros por dia;
2028 — 6,45 euros por dia;
2029 — 6,60 euros por dia.
E paralelamente, os montantes isentos em cartão-refeição também cresceriam, seguindo a regra atual de isenção em 70% do valor base do subsídio.
Se recebes subsídio de refeição agora ou planeias atualizar o contrato ou benefícios do teu posto de trabalho, verifica se o pagamento por cartão-refeição pode ser mais vantajoso — muitas vezes isso significa pagar menos IRS e TSU e manter mais dinheiro no bolso.
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