O montante total dos novos contratos foi de 1.522 milhões de euros, uma queda de 567 milhões em relação a dezembro de 2024. Apesar disso, a taxa de juro média manteve-se estável em 3,22%, após 14 meses seguidos de redução.
A procura por financiamento para compra de casa continua em alta, impulsionada por incentivos fiscais para jovens até 35 anos, com a isenção do IMT e do Imposto de Selo na compra da primeira habitação. Em janeiro, 45% dos novos contratos para habitação própria permanente foram feitos por esse grupo, um número semelhante ao de dezembro.
A maioria dos novos empréstimos (70%) foi contratada com taxa mista, que combina uma taxa fixa no início do contrato e depois passa para uma taxa variável. Porém, essa mobilidade teve uma leve redução em relação a dezembro. Já os empréstimos com taxa variável, que haviam caído para um mínimo de 15% em agosto de 2024, voltaram a crescer e chegaram a 23% dos novos contratos em janeiro. Antes do ciclo de alta dos juros, iniciado em julho de 2022, a taxa variável dominava o mercado, representando 85% dos contratos.
Depósitos a prazo perdem rendimento pelo 13º mês seguido
Enquanto os juros dos empréstimos se mantêm estáveis, as taxas dos depósitos a prazo continuam em queda. Em janeiro, a taxa média dos novos depósitos passou de 2,16% para 1,98%, marcando o 13º mês consecutivo de redução. Mesmo assim, o montante total dos depósitos cresceu, atingindo 13.087 milhões de euros.
Os depósitos com prazo até um ano, que representam 97% do total, registaram uma taxa de 1,99%. Já os depósitos entre 1 e 2 anos caíram para 1,63%, enquanto os com prazo superior a dois anos foram os únicos a apresentar crescimento, subindo para 1,46%.
Esses dados mostram que, embora a concessão de crédito à habitação tenha desacelerado, a demanda por financiamento imobiliário segue forte, impulsionada por incentivos fiscais e mudanças nas preferências de taxa de juro dos consumidores.