Apesar das mudanças no contexto geopolítico e económico, como a guerra na Ucrânia ou a descida das taxas de juro por parte do BCE, o euro mantém-se como a segunda moeda mais usada do mundo, logo a seguir ao dólar americano. Segundo o relatório anual do BCE, a quota do euro nas reservas internacionais de moeda estrangeira estabilizou nos 20%, mantendo-se sólida nos últimos 10 anos.
Já o dólar, embora continue a liderar com 57,8%, perdeu terreno: caiu cerca de dois pontos percentuais só no último ano e 11 pontos na última década. Em contraste, outras moedas, como o yuan chinês, têm vindo a aumentar a sua presença.
Criptomoedas e euro digital: os próximos passos da moeda única
O BCE reconhece que, até ao momento, as criptomoedas ainda não reduziram o uso internacional do euro. No entanto, aponta que podem vir a fazê-lo se a Europa não reforçar a sua posição nos pagamentos digitais e nos mercados financeiros.
É aqui que entra o euro digital. Segundo o BCE, esta versão eletrónica da moeda única poderá garantir um sistema de pagamentos mais seguro, competitivo e resiliente, além de dar resposta à crescente digitalização da economia. Christine Lagarde, presidente do BCE, reforçou ainda que a confiança no euro depende da estabilidade institucional e do respeito pelo Estado de direito.
Outro ponto-chave para o futuro do euro é a integração dos mercados financeiros na União Europeia. O BCE sublinha que eliminar barreiras internas será essencial para tornar os mercados do euro mais profundos e líquidos — e, consequentemente, mais atrativos a nível global.
Preparado para a nova era digital do euro?
Se estás atento ao mundo financeiro, estas mudanças podem afetar tudo, desde os pagamentos internacionais até ao funcionamento dos bancos. E mais: a crescente digitalização do dinheiro levanta novas questões sobre como e onde guardamos e movimentamos o nosso dinheiro.
No ComparaJá.pt, ajudamos-te a acompanhar estas tendências e a tomar decisões informadas sobre as tuas finanças — não te preocupes com nada!