Menos crédito à habitação em agosto
O montante de novos contratos de crédito à habitação (sem contar renegociações) caiu 16,3% em relação a julho, passando de 2.111 milhões para 1.767 milhões de euros. Considerando também as renegociações, a queda foi mais moderada: -13,4%, para 2.164 milhões de euros, segundo o Banco de Portugal.
“Nos primeiros oito meses de 2025, a taxa de juro baixou 34 pontos percentuais”, destaca o Banco de Portugal, refletindo o impacto das políticas do Banco Central Europeu.
Juros continuam a descer
Apesar da redução no volume de empréstimos, as taxas de juro seguem em tendência de queda pelo sétimo mês consecutivo, fixando-se em 2,86%, o valor mais baixo desde novembro de 2022.
Esta combinação de menos crédito, mas mais barato, cria um cenário de prudência: as famílias estão mais cautelosas, mesmo com condições de financiamento mais favoráveis.
Jovens até 35 anos no centro da procura
Os jovens continuam a ser os grandes protagonistas do mercado. Já representam quase 60% do total de novo crédito à habitação, impulsionados pela garantia pública do Estado, que cobre 25% do financiamento concedido este ano.
Antes dos incentivos, entre janeiro de 2022 e julho de 2024, os jovens representavam apenas 44% do total de contratos. O crescimento acentuado começou em agosto do ano passado, quando entrou em vigor a isenção de IMT e IS para esta faixa etária.
Renegociações e outros créditos
No capítulo das renegociações, houve um aumento mensal de 2,32% (de 388 milhões para 397 milhões). Porém, no total, as renegociações caíram ligeiramente, de 433 milhões para 421 milhões de euros.
No crédito ao consumo, a taxa média das novas operações caiu ligeiramente para 8,77%, registando a segunda descida consecutiva. Já nos empréstimos para outros fins, a taxa manteve-se estável nos 3,53%.