Crédito à habitação cai em Agosto e taxas de juro também

carolina

Escrito por:

Carolina Godinho

Em agosto, o volume de novos créditos à habitação em Portugal registou a maior descida desde janeiro. Mesmo assim, os juros continuam a cair, tornando o financiamento mais barato. O destaque vai para os jovens até 35 anos, que continuam a ganhar peso no mercado com apoio do Estado.

Trocos D'Hoje_Habitação_03

Menos crédito à habitação em agosto

O montante de novos contratos de crédito à habitação (sem contar renegociações) caiu 16,3% em relação a julho, passando de 2.111 milhões para 1.767 milhões de euros. Considerando também as renegociações, a queda foi mais moderada: -13,4%, para 2.164 milhões de euros, segundo o Banco de Portugal.

Nos primeiros oito meses de 2025, a taxa de juro baixou 34 pontos percentuais”, destaca o Banco de Portugal, refletindo o impacto das políticas do Banco Central Europeu.

Juros continuam a descer

Apesar da redução no volume de empréstimos, as taxas de juro seguem em tendência de queda pelo sétimo mês consecutivo, fixando-se em 2,86%, o valor mais baixo desde novembro de 2022.

Esta combinação de menos crédito, mas mais barato, cria um cenário de prudência: as famílias estão mais cautelosas, mesmo com condições de financiamento mais favoráveis.

Jovens até 35 anos no centro da procura

Os jovens continuam a ser os grandes protagonistas do mercado. Já representam quase 60% do total de novo crédito à habitação, impulsionados pela garantia pública do Estado, que cobre 25% do financiamento concedido este ano.

Antes dos incentivos, entre janeiro de 2022 e julho de 2024, os jovens representavam apenas 44% do total de contratos. O crescimento acentuado começou em agosto do ano passado, quando entrou em vigor a isenção de IMT e IS para esta faixa etária.

Renegociações e outros créditos

No capítulo das renegociações, houve um aumento mensal de 2,32% (de 388 milhões para 397 milhões). Porém, no total, as renegociações caíram ligeiramente, de 433 milhões para 421 milhões de euros.

No crédito ao consumo, a taxa média das novas operações caiu ligeiramente para 8,77%, registando a segunda descida consecutiva. Já nos empréstimos para outros fins, a taxa manteve-se estável nos 3,53%.


carolina
Carolina Godinho
PR & Partnerships Manager