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De acordo com dados recentes, a subida das taxas de referência pelo Banco Central Europeu (BCE) para combater a inflação tem tornado o crédito à habitação menos acessível, levando a uma retração significativa no mercado de financiamento imobiliário.
A estagnação dos empréstimos ocorre num contexto de desaceleração generalizada da procura por crédito habitacional, com as famílias a enfrentarem maiores dificuldades para suportar os encargos financeiros associados à compra de casa.
Este cenário é especialmente notório em países como Portugal, onde a dependência de empréstimos de taxa variável coloca as famílias mais vulneráveis às oscilações nas taxas de juro. As perspetivas para 2024 indicam que, com as taxas de juro em níveis elevados, a concessão de novos créditos à habitação deverá manter-se praticamente inalterada, com muitos consumidores a optar por adiar a compra de imóveis.
Os bancos, por sua vez, estão a adotar critérios de concessão de crédito mais rigorosos, numa tentativa de mitigar o risco de incumprimento, o que dificulta ainda mais o acesso ao crédito. Apesar de os preços das casas em muitos países europeus terem começado a mostrar sinais de estabilização ou até de ligeira descida, as condições de financiamento continuam a ser um dos principais entraves para a recuperação do mercado imobiliário.
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