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Em 2026, os senhorios vão poder atualizar as rendas em até 2,2%, valor calculado com base na inflação. Na prática, este aumento representa 2,24 euros por cada 100 euros de renda mensal.
Isto significa que, num contrato de 500 euros, a atualização poderá rondar os 11,20 euros; já para uma renda de 1000 euros, o acréscimo poderá chegar aos 22,40 euros.
Como é definido o aumento?
Todos os anos, o limite máximo de atualização das rendas resulta da média do Índice de Preços no Consumidor (IPC), sem habitação, calculado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este indicador mede a inflação e serve de referência legal para os ajustes no valor das rendas.
Segundo a estimativa rápida divulgada pelo INE, os contratos podem ser atualizados em 2,24% a partir de janeiro de 2026. Este valor supera o aumento aplicado em 2025 (2,16%), mas está muito abaixo dos 6,9% registados em 2024, ano em que a inflação disparou.
É obrigatório aumentar a renda?
Não. A atualização é uma opção do senhorio, não uma imposição. Caso decida aplicar o aumento, há regras que têm de ser respeitadas:
O novo valor só pode entrar em vigor após publicação oficial em Diário da República.
O inquilino deve ser notificado com 30 dias de antecedência, através de carta registada.
O aumento nunca pode ultrapassar o limite definido pela inflação.
A quem se aplica?
Este regime abrange todos os contratos de arrendamento, quer sejam de habitação, comércio ou indústria.
Em resumo, 2026 trará um ajuste moderado nas rendas, alinhado com a inflação mais baixa dos últimos meses. Para inquilinos, significa aumentos relativamente reduzidos face a anos anteriores; para senhorios, é uma forma de atualizar os valores recebidos, mantendo-os em linha com o custo de vida.
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