Projeto estratégico e financiamento
O projeto foi reconhecido pela Comissão Europeia e pelo Governo espanhol como estratégico e de interesse comum europeu (IPCEI) e receberá 155 milhões de euros do Instituto para a Diversificação e Poupança de Energia (IDAE).
“Este eletrolisador representa um desafio tecnológico e um marco no Vale do Hidrogénio da Região de Múrcia”, sublinha a Repsol, que investirá mais de 300 milhões de euros no projeto.
Impacto económico e ambiental
A instalação vai gerar cerca de 900 postos de trabalho diretos, indiretos e derivados ao longo das diferentes fases do projeto. Em termos ambientais, permitirá evitar até 167 mil toneladas de CO2 por ano, equivalente a dois terços de toda a frota de veículos elétricos puros em Espanha em 2024.
A fábrica deverá começar a operar em 2029 e pretende criar um ecossistema industrial eficiente, com produção ajustada às necessidades da indústria. Futuramente, o hidrogénio renovável poderá também ser incorporado na rede de gás natural e na Rede Troncal Espanhola de Hidrogénio.
Parceria com a Enagás Renovable
A Repsol lidera o projeto em parceria com a Enagás Renovable, que detém 25% do investimento. A empresa é produtora independente de energia especializada em gases renováveis e iniciativas de descarbonização, com 20 projetos de hidrogénio e biometano em desenvolvimento em Espanha.
Atualmente, a Repsol é a maior produtora e consumidora de hidrogénio da Península Ibérica, com 60% da produção espanhola e 4% do consumo europeu, podendo gerar cerca de 360 mil toneladas de hidrogénio por ano nos seus complexos industriais.