O Banco Central Europeu voltou a baixar as taxas de juro esta quinta-feira, reduzindo a taxa de depósito — a principal taxa de referência — para os 2%. É a oitava descida desde junho de 2024 e a quarta só em 2025.
Porquê este corte?
Esta decisão já era esperada pelos mercados, sobretudo porque a inflação na Zona Euro está finalmente a convergir com a meta dos 2% definida pelo próprio BCE.
O corte vem num contexto de economias europeias com crescimento lento ou nulo. Parte desta fraqueza económica deve-se à incerteza no cenário global, incluindo tensões comerciais, como o regresso das taxas alfandegárias nos EUA sob Donald Trump.
Com este corte, o BCE pretende:
aliviar as condições de financiamento;
apoiar o investimento;
estimular o consumo.
Em termos simples? Tornar o crédito mais barato para famílias e empresas.
O que esperar daqui para a frente?
Os analistas do BPI acreditam que, apesar desta redução, o BCE vai manter uma postura cautelosa. Segundo o banco, este corte “deixa as taxas em território neutro” e dá margem para reajustar a política monetária consoante os dados económicos.
Ainda assim, preveem mais uma descida até ao final de 2025, que poderá levar a taxa de juro para os 1,75%.
E o que diz o BCE?
Segundo o próprio BCE, o objetivo é garantir que a inflação se mantém estável perto dos 2%, sem comprometer a estabilidade económica. O banco reafirma que continuará a avaliar os dados economicamente disponíveis, sem se comprometer com um rumo fixo para as taxas de juro.
Como isto afeta o teu dia a dia?
Se tens crédito à habitação com taxa variável, esta é uma boa notícia – a prestação mensal pode baixar, embora de forma gradual. Para quem está a pensar pedir um novo crédito, pode haver condições mais atrativas nos próximos meses, sobretudo se a tendência de descida continuar.
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