O crédito à habitação habitação volta a estar mais acessível para os portugueses. Com as taxas EURIBOR a descer para perto dos 2% e os bancos a competir com spreads abaixo de 0,8%. O momento atual oferece as melhores condições para comprar casa desde o final de 2022.
EURIBOR em queda dá folga às prestações
A EURIBOR — taxa que serve de base à maioria dos créditos à habitação em Portugal — continua a descer desde meados de 2024, aproximando-se de valores que já não víamos desde o final de 2022. Segundo o Banco de Portugal, a taxa de juro implícita dos novos contratos caiu pelo 17.º mês consecutivo, o que tem permitido reduzir o valor das prestações mensais.
Este movimento descendente das taxas EURIBOR é consequência da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que já implementou sete cortes nas taxas diretoras desde junho de 2024, sendo o mais recente em abril deste ano.
As previsões de mercado apontam para que esta tendência de descida continue nos próximos meses, o que pode representar uma poupança relevante ao longo do tempo.
Competição entre os bancos por spreads mais baixos intensifica-se
Mas as boas notícias não ficam por aqui. Além das taxas EURIBOR mais baixas, os bancos estão a entrar numa verdadeira “guerra de spreads”. Cada vez mais instituições estão a oferecer spreads abaixo de 0,8% — algo difícil de encontrar há pouco mais de um ano.
Atualmente, o Bankinter e o Banco CTT lideram com spreads a partir de 0,70% nos créditos com taxa variável. Logo a seguir, surgem bancos como o Abanca, BPI, CGD e Millennium BCP com propostas mínimas de 0,75%. E a batalha pela melhor proposta estende-se também aos créditos com taxa mista e taxa fixa.
Queres ver qual é o banco que te faz a melhor proposta? Usa o simulador abaixo do ComparaJá.pt e compara as condições para o teu crédito.
Bancos preveem mais procura no 2.º trimestre
Segundo o mais recente inquérito do Banco de Portugal, os bancos preveem um segundo trimestre mais dinâmico, com maior procura por crédito à habitação e critérios de concessão ligeiramente mais flexíveis. Isto significa que poderá ser mais fácil conseguir aprovação, mesmo com uma entrada mais baixa ou um rácio de financiamento mais elevado.
A somar à descida das taxas e dos spreads, este contexto pode ser o empurrão que faltava para muitos portugueses avançarem com a compra de casa — ou até reverem as condições do crédito atual e trocarem por uma solução mais vantajosa.