Crédito à habitação regista maior subida desde 2008

Em maio, os empréstimos para comprar casa subiram 6,8% face ao ano anterior – o maior aumento em quase 17 anos. Também o crédito ao consumo e às empresas cresce, enquanto os depósitos das famílias perdem fôlego pelo sétimo mês seguido.

Trocos D'Hoje Habitação

Em maio, o crédito à habitação cresceu 6,8% face ao mesmo mês do ano passado, o maior aumento anual desde agosto de 2008. Este valor confirma a tendência de aceleração nos empréstimos para comprar casa, apesar dos preços elevados.

Mas não foi só no crédito à habitação que se notou o crescimento: os empréstimos ao consumo e às empresas também estão a aumentar. Já os depósitos das famílias estão a perder ritmo pelo sétimo mês consecutivo.

Crédito à habitação: acelera e atinge os 106 mil milhões

De acordo com o Banco de Portugal, o montante total de crédito à habitação em Portugal atingiu os 106,1 mil milhões de euros no final de maio. É mais 960 milhões de euros do que em abril, refletindo o crescimento anual de 6,8% — o maior em quase 17 anos.

Este aumento mostra que, mesmo com taxas de juro ainda relativamente altas, muitas famílias continuam a recorrer a crédito para comprar casa.

Crédito ao consumo e crédito automóvel também sobem

Não é só a habitação que está a “puxar pelos números”. Os empréstimos para consumo cresceram 7,1% em maio, somando 31,2 mil milhões de euros. Destaque para:

Estes valores mostram que os portugueses continuam a recorrer ao crédito para financiar gastos maiores, mesmo num contexto de pressão sobre os rendimentos.

Empresas também pedem mais crédito

O crédito concedido às empresas cresceu 2,7%, o maior aumento desde junho de 2022. Pequenas e microempresas foram quem mais recorreu ao financiamento, sobretudo nos setores do comércio, alojamento e restauração e construção.

E os depósitos?

Os depósitos bancários das famílias cresceram 5,6% em maio, atingindo os 194,1 mil milhões de euros. Apesar do valor alto, é o sétimo mês consecutivo em que o crescimento abranda.

Porquê? Uma das razões pode ser o desvio de dinheiro para certificados de aforro, que têm sido cada vez mais procurados como alternativa de baixo risco com rendimentos mais atrativos.

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Madalena Pacheco
Content Specialist