O endividamento é algo cada vez mais comum na vida dos portugueses e muitas pessoas não sabem como resolver este problema, carregando pesados encargos mensais por longos períodos de tempo. Se definires um prazo limite será mais fácil conseguires alcançar o difícil objetivo de ficares sem dividas.
Se ao longo do ano viste o teu orçamento limitado e não conseguiste desfrutar de uma vida financeira saudável, sabe como livrar-te de todas as tuas dívidas. Através destas cinco dicas, mostramos que, com algum esforço e disciplina, é possível regularizares a tua situação.
1. Amortizar as dívidas em mais 30%
Quando estás a pagar uma dívida, é normal pagares um valor fixo todos os meses. Contudo, se considerares apenas esse valor, acabarás por demorar um longo prazo de tempo até pagares a dívida total. A verdade é que, na maioria das vezes, ao pagares o montante estabelecido limitas-te a cobrir apenas cerca de 3 a 5% do valor total do crédito.
Desta forma, acabas por demorar muito tempo até amortizares o teu empréstimo por completo. Assim, se reembolsares a tua dívida de forma mais rápida, acaba por compensar, visto que acabas por pagar o valor do empréstimo original.
Se obtiveste uma dívida de 5.000 euros ao utilizar o teu cartão de crédito e pagas uma mensalidade muito reduzida, então apenas terás toda a tua dívida paga em, pelo menos, seis anos e meio. Desta forma, acabas também por pagar mais, visto que poderás pagar até 8.000 euros por um empréstimo de apenas 5.000 euros.
Aconselhamos que pagues sempre mais que o valor mínimo estabelecido, de modo a amortizares a tua dívida até 30% (por exemplo, se pagares uma mensalidade de 50 euros, terás que pagar, aproximadamente, 65 euros).
Lembra-te que quanto mais rápido pagares o teu empréstimo, menos juros estás a pagar e assim acabas por poupar.
2. Obter um crédito de baixo juro para pagar uma dívida de alto juro
Caso possuas uma dívida de cartão de crédito em que é aplicada uma Taxa de Juro Anual Nominal (TAN) até 20%, poderás recorrer a um crédito pessoal com uma TAN inferior, à volta dos 8%, para poderes reembolsar a dívida facilmente. Ou seja, para uma dívida com o valor de 7.000 euros, em cartão de crédito, em que é aplicada uma taxa de juro de 20% ao ano, poderás optar por adquirir um novo empréstimo pessoal, com o mesmo valor, mas com uma percentagem de juros apenas de 8%.
Assim, ao pagares a totalidade do montante de dinheiro contraído através do cartão de crédito, não serão cobrados juros e depois poderás pagar o teu empréstimo pessoal com uma taxa de juro mais reduzida.
Aconselhamos a que não voltes a utilizar mais o teu cartão de crédito, pelo menos, até terminares o pagamento da totalidade do empréstimo pessoal.
3. Optar por um crédito consolidado
O crédito consolidado é uma solução cada vez mais utilizada pelos portugueses pois permite juntar várias dívidas, como:
Para depois pagar apenas uma única taxa de juro. O processo consiste em juntar todos os créditos e pagar uma mensalidade única e mais baixa, evitando pesadas taxas de juro.
4. Não adquirir mais créditos até ter pago tudo o que deves
Se o teu objetivo é terminar o ano livre de dívidas, então aconselhamos a que, após o pagamento de todas as dívidas do cartão de crédito e de empréstimos, deixes estas soluções financeiras de lado por algum tempo. Não caias na tentação de adquirir mais créditos até teres pago tudo o que deves, evitando assim situações de sobre-endividamento. Quando tiveres a tua situação financeira estabilizada poderás recorrer ao uso de um novo crédito, contudo, deverás ter alguns cuidados especiais.
É importante que tenhas atenção às boas práticas de uso de cartão de crédito e de soluções de crédito pessoal, de modo a evitar situações que possam agravar a tua situação financeira.
Se continuares a usar o teu cartão de crédito de forma irresponsável, acabarás por voltar a endividar-te e dessa forma não conseguirás ver-te livre das dívidas atuais que possuis.
5. Aconselhamento financeiro pode ser muito útil
Recorrer ao aconselhamento da tua instituição financeira ou de empresas especializadas no assunto é sempre uma boa solução, visto que poderão, em conjunto, analisar a tua situação e obter estratégias específicas. Através de uma análise feita por um especialista, será mais fácil saber como praticar uma gestão adequada das dívidas e conseguir uma perspetiva de pagamento das mesmas.
Poderás ainda obter ajuda para chegar a um acordo com as instituições credoras. Alguns bancos permitem uma renegociação dos empréstimos pois querem garantir o retorno de algum dinheiro, outros apenas possibilitam a negociação através do consultor financeiro do banco.
Caso o teu orçamento não te permita pagar a tua dívida, aconselhamos a que contactes, o mais rápido possível, um gestor financeiro especializado visto que, quanto mais tempo esperares, mais juros estás a acumular, criando o indesejável efeito bola de neve.