Como fazer face a despesas extra?

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despesas extra

Consoante o inquérito sobre literacia financeira realizado pelo Cetelem este ano, a percentagem de portugueses que afirma conseguir suportar gastos imprevistos aumentou de 40% em 2016 para 53%. Surgiu um casamento inesperado, uma despesa de saúde urgente relacionada com uma cirurgia ou até a boa notícia de um novo emprego, mas que fica muito mais longe de casa e por isso vai obrigar à compra de um carro para as deslocações? Mesmo que haja maior disponibilidade financeira por parte das famílias para suportarem despesas extra, nada pior para a carteira do que imprevistos… para quem não está preparado.

Antes de mais: organizar o seu dinheiro

A primeira estratégia para fazer face a despesas extra deve ser efetivamente a de tentar reduzir os gastos mensais fixos. Será que não está a pagar demasiado pelo seu crédito habitação numa altura em que os bancos estão a reduzir os spreads praticados?

Será que a prestação do carro pressiona o seu orçamento mensal? E o seu pacote de telecomunicações? Não estará muito caro face a outras ofertas do mercado? Será que sabe realmente tudo o que está a gastar e quanto poderia poupar? Para se precaver, é importante, antes de mais, delinear um mapa de gastos pessoais e criar um orçamento familiar.

Seja de forma simples, com uma folha onde aponta as despesas e percebe no que é que pode poupar, ou de uma maneira mais elaborada recorrendo a apps de gestão das finanças pessoais – como é o caso do Boonzi ou do Be My Wallet, por exemplo – é imprescindível começar por controlar o que gasta.  

De seguida: criar margem orçamental para despesas extra

Depois de perceber onde realmente pode cortar, o passo seguinte é criar um fundo de emergência financeiro para se precaver de situações de crise. O ideal é constituir uma conta-poupança que deve alimentar todos os meses com, pelo menos, 10% do seu rendimento.

Suponhamos um casal que aufere um rendimento mensal líquido de 2 mil euros. Se pouparem, em conjunto, 200 euros por mês (precisamente 10% das suas receitas), ao fim de um ano já economizaram 2.400 euros, um montante que pode ajudar bastante na prevenção de despesas extra de última hora.   

Para os mais distraídos, nada como automatizar este processo: basta dar uma ordem ao seu banco para que, mensalmente, lhe retire um determinado montante da conta à ordem diretamente para a sua poupança. Vai ver que, depois de instituir este processo, será muito mais fácil manter a disciplina de poupar. É tudo uma questão de perspetiva.

Existe ainda quem utilize a técnica do envelope: guardar uma quantia certa em numerário para ir juntando. Todavia, a menos que seja para fazer uma poupança para adquirir algum bem no curto prazo, esta estratégia, quando utilizada no longo prazo pode revelar-se falível, uma vez que o dinheiro está sempre sujeito à inflação. Pode guardá-lo durante muito tempo, mas é provável que posteriormente já não tenha o mesmo valor inicial.

E finalmente: reduzir encargos com créditos

E se possui pagamentos de créditos nos seus encargos mensais fixos – seja com o empréstimo da casa e com o crédito automóvel ou até com aquele auxílio financeiro -, também existe forma de reduzir estes gastos através de um crédito consolidado.

Este tipo de empréstimo permite juntar todos os créditos que tem num único, alargando o prazo de pagamento e fazendo com que a prestação mensal diminua até 60%, o que permite uma enorme folga orçamental grande.

Seja com o propósito de se precaver de despesas extra, porque os imprevistos acontecem, ou até para poupar ao máximo e, consequentemente, fazer render o seu dinheiro, vale sempre a pena simular e comparar:

Nair Dos Santos

Sobre Nair Dos Santos

Especializada em Economia Internacional e Marketing Digital, alia a sua criatividade ao universo financeiro com o objetivo de ajudar os Portugueses a melhorar a sua literacia financeira e contribuir para o desenvolvimento de uma economia sustentável.

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