A Taxa Mibel está presente em algumas faturas da luz, à medida que os contratos são renovados ou sempre que um novo se concretize com algumas comercializadoras. Se ainda não foste afetado, não queremos que sejas apanhado desprevenido. Descobre como te precaver.
O que é a Taxa Mibel?
A Taxa Mibel é um ajuste nas faturas da luz que foi criada para pagar o gás que se usa na produção da eletricidade. Mas deves estar a pensar: então isso nunca foi pago antes? Porquê agora?
o Mecanismo Ibérico só é ativado quando o custo do gás está acima do limite definido, o que nos últimos anos aconteceu várias vezes devido:
à guerra na Ucrânia, que encareceu o gás natural;
à seca, que reduziu a produção hídrica e aumentou a necessidade de recorrer a centrais a gás;
à volatilidade dos mercados grossistas de energia.
Em termos simples, acaba por travar a subida exponencial da eletricidade, mantendo este aumento em níveis mais controlados. É como se fosse um amortecedor: não impede a subida, mas impede que seja muito acentuada.
Desta forma, as empresas podem continuar a manter os preços que sempre praticaram, mas passando para os clientes uma parte do que estão a pagar a mais, cobrando a Taxa Mibel. O objetivo do ajuste Mibel é, assim, absorver parcialmente os custos adicionais que as empresas têm para comprar eletricidade e a vendê-la a ti.
Ainda assim, algumas comercializadoras que aplicaram a Taxa Mibel vão reduzir preços para que, com a inclusão do ajuste, os valores das tarifas permaneçam iguais. Face à instabilidade do mercado, para saberes qual a melhor opção para poupar na fatura da luz, o melhor é mesmo comparares as tarifas atuais de eletricidade.
A Taxa Mibel é legal?
Sim. O mecanismo está previsto na lei e é permitido que as comercializadoras incluam este ajuste nos contratos novos ou nas renovações. Cada empresa pode decidir se absorve parte do custo, se reparte, ou se transfere o valor total para o cliente.
Qual o impacto do ajuste Mibel no orçamento?
As comercializadoras que aplicaram a Taxa Mibel nas faturas de luz têm um aumento significativo do preço da eletricidade. Efetivamente, a subida é bem real e visível em cada fatura, e pode significar dezenas de euros no orçamento das famílias, muitas vezes já apertado para bens essenciais.
Segundo algumas estimativas, a despesa do consumidor aumentou entre 15 e 20 euros por cada 100 kWh de eletricidade – o que significa que, para algumas famílias, a despesa duplicou.
Contudo, tem em atenção que as empresas só aplicam o ajuste Mibel se quiserem ou precisarem. Podem assumir este custo para manter os clientes, para ultrapassar a concorrência ou por uma questão de marketing. Por isso, é importante confirmar quais as comercializadoras que estão a aplicar a Taxa Mibel.
Como me precaver dos efeitos da Taxa Mibel?
Como referido, o primeiro passo é confirmar na tua fatura se a Taxa Mibel está a ser aplicada. Por vezes, é referida como “Ajuste ibérico” nas faturas dos clientes. Se a tua comercializadora for uma das que começou a aplicar esta taxa, poderás ponderar mudar para uma empresa mais barata ou que se comprometa a não cobrar a Taxa Mibel.
É uma questão de comparar as opções que cada empresa oferece. E a boa notícia é que poderás trocar de comercializador de energia a qualquer hora e sem qualquer custo.
Mas atenção: antes de mudar, tem a certeza de que vais para uma opção realmente vantajosa, quer ao nível da tarifa, quer ao nível da potência contratada. Aproveita os nossos simuladores gratuitos e independentes para comparar os preços da eletricidade e do gás, e confirma qual a escolha mais acertada para ti. A boa notícia é que poderás trocar de comercializadora de energia sem qualquer custo adicional.
Agora que já estás familiarizado com a Taxa Mibel, sabes que esta é uma taxa que está prevista na lei, pelo que é perfeitamente legal, e as empresas podem começar a cobrá-la na fatura que te enviam todos os meses. Perante este cenário, impõe-se pesquisar, comparar e escolher.
Além disso, com ou sem Taxa Mibel, as poupanças diárias no consumo da luz e do gás devem ser um hábito familiar, para não gastares mais do que o necessário e para protegeres o teu orçamento familiar.
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