O regresso às aulas traz despesas, com material escolar, roupa, livros, atividades e mensalidades, que se agravam quando há mais que um filho em idade escolar. Existem vários erros que em nada ajudam a equilibrar o orçamento familiar. Mas, se começar com um bom planeamento, comparação de preços e escolhas inteligentes, pode poupar bastante dinheiro. Não caia nestes 7 erros crassos e poupe no regresso às aulas 2023.
Regresso às aulas 2023: porque é importante preparar com tempo?
Mesmo que o regresso às aulas ainda pareça distante, fazer os devidos preparativos com tempo e antecedência é essencial para que o processo decorra de forma tranquila e sem stress.
Informe-se atempadamente sobre o calendário escolar, datas de apresentação, reuniões, inícios e términos dos períodos letivos, para não ser apanhado desprevenido. Também o material escolar deve ser planeado com antecedência, para garantir que tudo está pronto para um arranque suave, e para não gastar mais do que o estritamente necessário.
Desta forma, evitará a ansiedade que muitos pais sofrem com o regresso às aulas. Além disso, é importante que a agitação não seja passada para os mais novos, mesmo que receie a reação e a adaptação das crianças ao regresso escolar. Caso contrário, poderão ficar mais inseguras e preocupadas.
Por isso, prepare tudo o que for necessário com tempo e tranquilidade, aproveitando também o momento para se divertirem. Transmita sentimentos de segurança, confiança, otimismo e entusiasmo, para que a criança fique mais motivada e, assim, tenha um regresso livre de tensões e apreensões.
7 Erros financeiros no regresso às aulas
Se incorrer nestes 7 erros, será mais difícil poupar nos gastos com o regresso às aulas. Previna-os para conseguir preparar o início do novo ano letivo com nota máxima.
1. Não definir um orçamento
Sem um orçamento, a probabilidade de gastar mais do que tem é grande. Antes de se aventurar nas compras, defina previamente quanto pode gastar, com um limite que não comprometa o equilíbrio financeiro da família.
Atribua um determinado valor para material escolar, livros e roupa. Envolva as crianças nesta decisão, explicando a importância de respeitar um orçamento. Desta forma, sofrerá menor pressão dos mais novos para comprar algo não previsto.
2. Descartar as sobras de material do ano letivo anterior
O material do ano passado já está gasto e ultrapassado, certo? Errado, há sempre material que pode ser reutilizado. Antes de comprar novos produtos, confirme se os do ano passado ainda estão em bom estado para ser reutilizados. Geralmente, as mochilas e estojos duram mais que um ano letivo, e poderá também encontrar um caderno que ficou intacto ou lápis que não foram usados.
Assim, não terá que comprar tudo de novo, e vai ajudar as crianças a desenvolver noções importantes de sustentabilidade, reutilização e consumo consciente.
3. Não fazer uma lista do material necessário
Sem uma lista, fica refém das suas perceções e provavelmente vai duplicar alguns itens, e esquecer-se redondamente de outros. Depois de definir o orçamento e de verificar o que ainda pode aproveitar do ano anterior, é altura de fazer uma lista do material que efetivamente vai precisar.
Assim, quando estiver nas compras, já não ficará na dúvida se são necessários cadernos, se ainda há borrachas ou se já tem régua. Desta forma, evitará gastar mais dinheiro em compras por impulso ou por pressão da criança, e demorará menos tempo a fazê-lo.
4. Passar ao lado das promoções e campanhas
Com o regresso às aulas, os estabelecimentos comerciais tendem a oferecer descontos e condições especiais na aquisição de material escolar, que fazem bastante ruído visual, mas a que vale a pena estar atento.
Por isso, não se precipite. Esteja atento aos folhetos promocionais, e faça uma pesquisa prévia na internet sobre as campanhas existentes. Compare os preços em diversas lojas e sites, e confirme onde poderá encontrar as melhores promoções. Se comprar online, verifique se o que vai pagar de portes de envio anula a poupança que obtém.
5. Preferir artigos de marcas caras
Existem inúmeras marcas, algumas com personagens da Disney ou de programas dos mais pequenos. O que têm em comum? Os preços muito inflacionados. Existem muitos artigos de marca branca que apresentam qualidade equivalente aos restantes.
Esta é uma boa forma de adquirir material escolar como lápis de cor, canetas e cadernos a melhor preço. Contudo, considere sempre caso a caso. Se lhe parecer que um determinado item vai durar pouco, então poderá não ser a melhor opção.
6. Esquecer-se de pedir fatura com NIF
Esta situação, caso se lembre, não se reflete numa poupança imediata, mas traz boas surpresas no próximo ano. Ao pedir fatura com número de contribuinte, poderá deduzir as despesas escolares no IRS e obter benefícios fiscais.
Alguns itens como lápis, canetas, cadernos, borrachas e artigos de tecnologia integram-se na categoria Despesas Gerais Familiares.
Contudo, as Finanças consideram apenas 30% das Despesas de Educação na declaração de IRS, até ao limite máximo de 800 euros. Nesta categoria enquadram-se ainda os livros escolares, todas as mensalidades pagas na escola e até mesmo explicações quando devidamente comprovadas.
7. Desperdiçar os manuais escolares gratuitos
Já longe vão os tempos em que os manuais escolares representavam um rombo financeiro para as famílias. O Estado disponibiliza, de forma gratuita, os manuais escolares a todos os alunos que frequentem o ensino obrigatório, contribuindo para uma maior democratização da educação e igualdade de oportunidades.
Mas, para usufruir desta medida e deixar de se preocupar com esta despesa, tem de fazer o registo na plataforma MEGA.
Poupar está na ordem do dia, e é mais importante ainda em determinadas alturas que envolvem gastos extraordinários, como é o caso do regresso às aulas 2023. Com estas dicas, poderá ter um arranque letivo mais tranquilo e sem grandes sobressaltos financeiros.