A produção de eletricidade em Portugal continua a dar passos firmes rumo à sustentabilidade. Em maio, mais de 75% da eletricidade produzida teve origem em fontes renováveis, segundo dados divulgados pela Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).
Este valor representa um total de 3.179 GWh produzidos a partir de fontes limpas, com destaque para a energia hídrica (36,3%), eólica (17,5%) e solar (16,6%). Tudo isto no mês seguinte ao apagão ibérico de abril, que reforçou a urgência de apostar em redes mais resilientes e num sistema energético mais sustentável.
Produção aumentou 20,6% face a maio de 2024
De acordo com a APREN, a produção nacional de eletricidade aumentou 20,6% em maio, em comparação com o mesmo período do ano passado. Um salto significativo que reforça a autossuficiência energética do país, ajuda a cortar emissões de CO₂ e representa uma poupança relevante para a economia nacional.
Nos primeiros cinco meses de 2025, a energia renovável evitou a emissão de 4,9 milhões de toneladas de CO₂, e as centrais elétricas portuguesas emitiram, em média, apenas 43,9 gCO₂ por cada kWh produzido — um valor muito abaixo da média de países que ainda dependem de combustíveis fósseis.
Quanto realmente poupa Portugal com a energia renovável?
Entre janeiro e maio, Portugal contou com 1.171 horas não consecutivas em que a produção renovável foi suficiente para abastecer todo o consumo nacional de eletricidade. Nessas horas, o preço médio da energia no mercado grossista foi de 57,8 €/MWh, o que mostra como as renováveis podem baixar os preços da eletricidade quando bem integradas no sistema.
De acordo com a Apren, esta produção renovável em regime especial permitiu uma poupança acumulada de quase 4 mil milhões de euros para o país, ao influenciar positivamente o chamado “preço de mérito” no mercado de energia.
Onde se posiciona Portugal na transição energética europeia?
Com uma incorporação renovável de 81% entre janeiro e maio, Portugal ocupa já o terceiro lugar entre os países da Europa com maior percentagem de produção elétrica limpa — ficando apenas atrás da Noruega (97,4%) e da Dinamarca (85,2%).
Além disso, a capacidade instalada de fontes renováveis continua a crescer: só entre dezembro de 2024 e abril de 2025, aumentou 323 MW — sobretudo em energia solar, que ganha cada vez mais protagonismo tanto em grandes centrais como em sistemas descentralizados, como os painéis solares em habitações.
Aproveita a mudança para poupar
Se os investimentos em renováveis continuarem a avançar e forem acompanhados por melhores interligações, armazenamento e redes mais inteligentes, os benefícios não serão apenas ambientais — poderão traduzir-se em preços de eletricidade mais estáveis e mais baixos para todos.
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