A pensar cancelar o cartão de crédito? Contorne os problemas

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cancelar o cartão de crédito

Os cartões de crédito são um instrumento financeiro bastante útil por vários motivos. Além de permitirem ter vários seguros associados, dependendo da oferta em questão, podem ainda ser usados para conseguir milhas aéreas, descontos em certos produtos e serviços e poupanças ao nível de cashback. Além de tudo isto, possibilitam – claro está – aceder a “plafonds” de crédito que viabilizam algumas despesas extraordinárias.

Contudo, ter um instrumento destes é também uma forte responsabilidade, uma vez que estes podem – de vez em quando – dar problemas. São um alvo apelativo para fraudes financeiras e, além disso, possuem comissões e taxas às quais não deve fugir sob pena de ficar “preso” em dívidas.

A solução é cancelar o cartão de crédito? Não necessariamente. O ComparaJá.pt indica-lhe algumas alternativas para lidar com os problemas que podem aparecer.

Não deixe para amanhã o que pode pagar hoje

Pagar custa, isso todos sabemos. Mas o ditado “Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje” aplica-se que nem uma luva ao cartão de crédito e aos pagamentos que lhe estão associados. Por exemplo, se apenas proceder ao pagamento da sua fatura mensal depois do prazo acordado com o banco, deve saber que lhe pode ser cobrada uma taxa pelo atraso. Situação semelhante acontece quando excede o seu limite de crédito. Há bancos que não permitem que tal suceda (ou seja, não deixam que gaste acima do “plafond” acordado), mas aqueles que permitem vão cobrar-lhe por isso.

Portanto, aqui a solução não é cancelar o cartão de crédito (até porque a dívida não desaparece). Ao invés, planeie bem os gastos e perceba se pode ou não liquidar a dívida atempadamente. Saiba que se pagar a sua dívida do cartão dentro de certos prazos (normalmente de 20 a 50 dias), pode até evitar pagar juros. Mas tudo depende da escolha que faz, logo convém escolher bem:

Além disto, deve andar sempre “em cima” das comissões que lhe são cobradas. Pode acontecer o seu banco cobrar-lhe, por vezes, comissões indevidas e aí deve notificar a instituição para que proceda à correção do montante mal cobrado.

O cartão e o “mel” para atividades fraudulentas

Um dos problemas mais comuns com o cartão de crédito é a possibilidade de este ser alvo de fraude. É natural que este instrumento, que permite gastos por vezes bastante avultados, atraia criminosos como o mel atrai formigas. Portanto, os esquemas – online e offline – para cartões de crédito são numerosos e alguns bastante sofisticados.

Há de tudo. Esquemas nas próprias caixas Multibanco que podem “prender” o dinheiro na máquina (cash trapping) ou copiar os dados do cartão através de esquemas online (por exemplo o phishing) que lhe podem roubar passwords e outros elementos de acesso ao cartão.

A solução? Estar sempre de olhos abertos. Antes de mais, tenha atenção onde levanta dinheiro fisicamente. Evite caixas automáticas muito degradadas, pois é possível que tenham sido alvo de vandalização propositada por parte dos meliantes. Na Internet procure sempre fazer compras em sites certificados por sistemas SSL ou Secure Socket Layer (que protegem melhor os seus dados) ou seguros por HTTPS (pode aferir se o site que consulta segue este protocolo ao olhar para o URL que lhe aparece na barra em cima).

Também deve evitar abrir e-mails cuja procedência não consiga discernir com segurança, uma vez que os hackers procuram usar esta técnica para conseguir “penetrar” no seu computador e roubar dados. O próprio Banco de Portugal publicou um manual de boas práticas para evitar ser “apanhado” nestas redes fraudulentas.

Conclusão: cancelar o cartão de crédito nem sempre é solução

Acima de tudo, tenha sempre atenção ao seu extrato bancário. Caso note alguma transferência estranha, não hesite em ligar para o seu banco para cancelar o cartão de crédito, mas jogue com prudência. E, mais ainda, deve ficar a saber que se for provada uma fraude ao cliente antes da comunicação da mesma ao banco, só pode ser responsável por 150 euros em perdas. Depois da comunicação, o titular do cartão não pode ser responsabilizado em qualquer montante pelas perdas incorridas.

Henrique Figueiredo

Sobre Henrique Figueiredo

Formado em Ciências da Comunicação e especializado em Ciência Política, o Henrique iniciou a sua carreira em jornalismo, tendo depois estado envolvido em diferentes projetos nas áreas de Comunicação e e-Commerce. Acredita que na poupança está o ganho e, nesse sentido, quer apoiar os portugueses na rentabilização das suas decisões financeiras.

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