ERSE vai lançar ferramentas para comparar de gás

Uma ferramenta para simplificar a vida dos consumidores

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) anunciou que está a preparar um “dashboard” online que vai permitir comparar preços e compatibilidades das botijas de gás butano. O objetivo é simples: dar mais informação aos consumidores para que possam escolher a opção mais barata e conveniente.

“Estamos a aprimorar um conjunto de informação que vai orientar melhor os consumidores a exercerem o seu direito de escolha de fornecedor”, explicou Pedro Verdelho, presidente da ERSE, durante uma audição no Parlamento.

Mais concorrência num mercado com preços acima do esperado

Segundo a ERSE, os preços do gás butano têm estado acima do “preço eficiente” de mercado, o que significa que os consumidores estão a pagar mais do que deviam. Com a nova ferramenta, o regulador quer promover concorrência e transparência, à semelhança do que já acontece noutros mercados, como o dos combustíveis.

“O propano está num nível relativamente favorável, mas o butano ainda apresenta diferenças que justificam atenção”, referiu Verdelho.

Compatibilidade entre redutores também será esclarecida

Um dos obstáculos à mudança de fornecedor é a questão dos redutores das garrafas de gás. No entanto, a ERSE garante que muitos redutores de diferentes companhias são compatíveis, e a nova plataforma vai ajudar a identificar essas correspondências, para que mudar de fornecedor seja mais fácil.

Sem intervenção direta nos preços

Pedro Verdelho sublinhou que intervenções diretas nos preços podem ter efeitos negativos, por isso o foco do regulador está em criar condições para que a concorrência funcione naturalmente.

“Qualquer intervenção de preços no mercado tem sempre efeitos nefastos. Procuramos calibrar estas duas dimensões”, afirmou.

Portugal continua competitivo na energia

Durante a audição, o presidente da ERSE aproveitou ainda para lembrar que os preços da eletricidade e do gás natural em Portugal estão abaixo da média da área do euro, 14% mais baixos no segmento residencial e 35% na indústria, no caso da eletricidade.