Depois de encontrares a casa ideal, o próximo passo é ir ao banco pedir um crédito habitação. Mas nem sempre o processo corre como esperado.
O teu pedido pode ser recusado por vários motivos: histórico de crédito negativo, instabilidade profissional, taxa de esforço elevada, entre outros.
6 dicas para que o teu crédito habitação seja aprovado
Segue estas 6 dicas simples e práticas e vais aumentar (e muito!) as tuas hipóteses de ver o financiamento aprovado.
Mas não te esqueças que os bancos também concorrem entre si: importa comparar sempre para ver qual é a melhor oferta de momento no mercado.
1. Mantém um bom historial de crédito
É certo e sabido que os bancos gostam de receber de volta o empréstimo concedido. Se já tiveste atrasos ou incumprimentos em créditos anteriores, isso pode afetar a decisão do banco.
A instituição vai consultar o teu Mapa de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal e avaliar:
Se tens créditos ativos.
Se tens prestações em atraso.
Se já estiveste em incumprimento.
Além disso, presta atenção à tua taxa de esforço — quanto menor for a percentagem do teu rendimento comprometida com créditos, melhor.
2. Evita saldo negativo na conta
Os bancos analisam o comportamento da tua conta bancária. Se virem saldo negativo com frequência, podem interpretar isso como um sinal de má gestão financeira.
Mesmo que tenhas um bom salário, manter a conta “no verde” é meio caminho andado para mostrares que consegues cumprir com os pagamentos.
3. Estabilidade profissional conta e muito
Em 2025, continua a ser verdade: quem tem contrato sem termo e estabilidade no emprego está em vantagem.
Os bancos gostam de clientes com:
Antiguidade na empresa.
Rendimentos regulares.
Trabalhos em empresas sólidas.
Se estás numa fase mais instável (trabalhos temporários, recibos verdes, mudanças recentes), o risco para o banco aumenta — e a probabilidade de aprovação diminui.
4. Dá uma boa entrada inicial para o imóvel
Quanto maior for a entrada que deres no imóvel, menor será o montante que precisas de financiar. Isso reduz o rácio LTV (Loan-to-Value) — que representa a percentagem do imóvel que é financiada pelo banco.
Um rácio LTV de, por exemplo, 80% indica que o teu empréstimo equivale a 80% do valor total do imóvel.
Neste caso o banco fica com uma margem de segurança, uma vez que em caso de incumprimento o banco fica com um imóvel mais valorizado em relação ao valor emprestado. Um LTV mais baixo dá mais segurança ao banco e pode facilitar a aprovação.
5. Crédito à habitação aprovado: ter dois titulares pode ajudar
Os bancos gostam de dividir o risco. Se pedires o crédito com outra pessoa, a aprovação pode ser mais fácil.
Porquê?
Há dois rendimentos a suportar a prestação.
Se um tiver um imprevisto, o outro compensa.
A taxa de esforço conjunta pode ficar mais baixa.
Ambos os titulares devem ter bom histórico e estabilidade.
6. Idade: mais de 25 anos é (ainda) um bom ponto de partida
É um facto: quem tem menos de 25 anos pode enfrentar mais dificuldades. Não por discriminação, mas por lógica de risco:
Salários mais baixos.
Menos estabilidade profissional.
Falta de histórico de crédito.
Se tens menos de 25 e queres avançar, ajuda teres já relação com o banco, como conta ativa há vários anos, ou apresentares um fiador.
Compara sempre antes de avançar!
Cada banco tem critérios diferentes, taxas distintas e condições específicas. Não avances com a primeira proposta que te aparece. Faz simulações, compara e encontra o crédito mais vantajoso para ti. Usar um comparador de crédito habitação pode poupar-te centenas (ou milhares) de euros.
Ter o crédito habitação aprovado depende de vários fatores, mas com preparação e atenção ao detalhe, aumentas bastante as tuas hipóteses.
Histórico limpo, conta bancária positiva, estabilidade no emprego e uma boa entrada são grandes trunfos. E lembra-te: os bancos estão sempre a competir entre si — compara antes de assinar qualquer contrato!