Às vezes a prestação bancária decorrente da contratação de um crédito – quer seja pessoal ou crédito à habitação – é demasiado pesada face aos rendimentos que o titular aufere.
Contudo, com a devida negociação com o banco há maneiras de conseguir diminuir este encargo durante um determinado período. Nomeadamente, alguns bancos dão a possibilidade de aceder a um diferimento de capital. Mas sabe o que isto significa? Que vantagens oferece e que cuidados deve ter? Não? Vamos então descobrir.
Prestação bancária só cresce no último pagamento
O modo de funcionamento do diferimento de capital é, na realidade, relativamente simples: vai transferir o pagamento de parte do capital que tomou emprestado (num valor que pode ir até 30%) para a última prestação. A título de exemplo, imagine-se que o casal Semedo contrai um empréstimo de 40 mil euros e decide optar pelo diferimento de capital, pagando 25% na última prestação bancária. Tal significa que, ao fazerem o último pagamento, terão que desembolsar algo como 10 mil euros.
Isto tem uma vantagem clara: uma vez que transfere uma parte substancial do pagamento do empréstimo para a última prestação, durante as restantes ficará a pagar um menor valor mensal. Pode ser uma solução para quem, por exemplo, espera ver o seu rendimento crescer durante o período do pagamento do empréstimo, mas que no início não conseguiria fazer face às prestações num contrato de crédito normal.
Contudo, também há pontos negativos que tem que ter em atenção. Em primeiro lugar, deve preparar-se para ter o valor suficiente de lado para pagar a última prestação bancária. Caso contrário, pode arriscar a deixar dívidas aos seus filhos ou a ter que contrair mais um crédito para pagar o valor em falta.
E, em segundo lugar, deve saber que – nesta opção – o montante final total a pagar pelo empréstimo é maior do que se tivesse optado pela modalidade normal de pagamento sem diferimento de capital. Isto acontece porque estará sempre a pagar juros sobre o capital que está em dívida (inclui aquele que escolheu não ir amortizado e preferiu deixar para a última prestação).
Que bancos oferecem esta modalidade no crédito pessoal?
Ao optar por contratar um crédito pessoal, há alguns bancos que permitem recorrer a esta modalidade e deixar um máximo de 30% para o final do empréstimo. São disso exemplo o crédito pessoal do Novo Banco que permite deixar um valor residual máximo de 30% para pagamento no final do empréstimo, além de poder também optar por um período de carência de até 3 meses (empréstimos entre 6 a 17 meses) ou até 6 meses (empréstimos entre 18 a 84 meses).
Outra instituição que permite esta modalidade de redução da prestação bancária é a Caixa Geral de Depósitos no Crédito Pessoal Multifinalidade. Aqui também pode optar por pagar até 30% do valor do crédito na prestação final. O Crédito Pessoal do Banco Best também oferece uma opção semelhante, com os mesmos valores (até 30% do montante total) a serem pagos no final do contrato.
Por seu lado, o Crédito Individual do Deutsche Bank – além de permitir também esta opção de diferimento de capital – tem a opção da carência de capital onde só paga juros nos primeiros 6 meses. Por fim, a oferta de Crédito Pessoal do Bankinter oferece também este período de carência de 6 meses assim com a opção de diferir até 30% do pagamento do empréstimo para a última prestação bancária.
Poupar no dia-a-dia passa também por conhecer a fundo os produtos financeiros que contrata e saber que vantagens cada um oferece e que condições têm associadas. O ComparaJá.pt está aqui para o ajudar a compreender o mundo das finanças pessoais, ajudando-o a poupar no processo. Não perca nenhuma das nossas dicas. Estão à distância de um clique no nosso blog.